O MÚSICO E A ARTE DE SERVIR A DEUS

    O MÚSICO E A ARTE DE SERVIR A DEUS

“Antes eu te conhecia de ouvir falar, mas agora de Contigo estar” (Jó 42,5)

A humildade vem da oração. “Só o humilde reza” (Santo Monso). A criatura só reconhece sua miséria e pequenez diante do Senhor, em oração.

Em hebraico, o conhecimento é mais do que intelectual; é um conhecimento por experiência. O “saber” passa da razão para o coração. A realidade do “saber” nos leva a sentir, a viver, a experimentar e a crer. Esta foi a experiência que levou J6 a dizer: “Antes eu te conhecia de ouvir falar, mas agora de Contigo estar” (Jó 42,5)

São Paulo também ensinou aos filipenses a partir de sua experiência: “Anseio pelo conhecimento de Jesus e pelo poder de sua ressurreição e pela participação em seus sofrimentos” (FI 3,10). 

É interessante notar que São Paulo ansiava pelo conhecimento, por “fazer a experiência", não apenas do poder da ressurreição de Jesus, mas também pela participação nos Seus sofrimentos. 

O conhecimento leva ao amor. 

E o amor à adoração. 

A adoração à gratidão e ao louvor. 

É por meio do conhecimento, do amor e da oração, que o serviço ao Senhor se torna fecundo, ou seja, é imprescindível servir sem esses elementos fundamentais. 

Servir ao Senhor como ministro da música, sem antes ser um discípulo, um aprendiz, um amigo íntimo dEle é loucura. 

Muitos querem ser servos antes mesmo de ser amigos de Jesus. “Já não vos chamo servos… Mas chamei-vos amigos, pois vos dei a conhecer tudo quanto ouvi de meu Pai” (Jo 15,15). 

Nota-se nessa passagem que Jesus °enfatiza muito que já nos deu a conhecer a vontade do Pai. 

Portanto, de que maneira podemos conhecer qual é a vontade de Deus?Por meio da oração, tendo como instrumento as Sagradas Escrituras e o Magistério da Igreja através dos seus documentos (CIC, encíclicas).

A vida de oração Santo Monso de Ligório, Bispo e Doutor da Igreja, faleceu com 91 anos de idade, tendo chegado ao fim de sua existência cego e surdo. Mesmo tendo escrito quase cem livros, declarou que se tivesse a oportunidade de fazer apenas uma pregação em toda sua vida, falaria sobre a oração. 

Depois de nos chamar de amigos e se revelar a nós pela Sua palavra, Jesus nos deixa claro que é Ele quem nos escolhe para produzirmos frutos. “Não fostes vós que me escolhestes, mas eu vos escolhi e vos constituí para que vades e produzais fruto e o vosso fruto permaneça” (Jo 15,16). 

Santo Agostinho nos ensina: “Deus não escolhe os capacitados, mas capacita os escolhidos’: São Paulo, falando aos cristãos de Corinto, declara: “… nossa capacidade vem de Deus” (2Cor 3,5b). 

Deus não precisa de músicos bons, eficientes, cheios de si, mas de servos fiéis, pois a fidelidade pesa e faz a diferença, tornando-nos eficazes. 

Deus deseja que experimentemos o fruto e a eficácia em nosso ministério, que sejamos eficazes no que fazemos, a partir da oração. Não eficientes, mas eficazes. 

Muitos fazem com eficiência, com conhecimento, técnica, porém não colhem os frutos. Por quê? Porque falta a base necessária para suportar a glória deste ministério; porque o ministério traz uma glória que não é nossa, é de Deus. A base  necessária para suportar essa glória é a humildade. 

A humildade vem da oração. “SÓ o humilde reza” (Santo Monso). A criatura só reconhece sua miséria e pequenez diante da Sua grandeza, misericórdia, perdão, descobre que Deus merece toda glória, louvor e adoração; cheio de gratidão e amor, se abre ao serviço. Dizer: “Tudo posso Naquele que me fortalece”, como proclama São Paulo,’é fruto de convicção. 

Quem não reza não tem essa convicção nenhuma de nada. Ou fracassa no seu ministério, ou rouba a glória de Deus. 

Músico, se você quer ter fruto no seu ministério, seja fiel a Deus em sua oração! 

Músico se você não quer ser um fracassado, um frustrado em seu ministério reze sem sessar, coloque-se diante de Deus, seja humilde em reconhecer que o dom não é seu, mas que é de Deus.

A humildade é que proporciona os frutos, e sem ela não há fertilidade.

Aquele que não é humilde, não é fértil. Se você não reza não colherá humildade, pois a falta de oração gera ciúme, vaidade, inveja, implicância, teimosia, divisão, barreiras com o irmão (cf. Ef 1,4). 

A oração é diálogo, mais do que falar com Deus, é necessário escutá-Lo: “Ouve, ó Israel! O Senhor, nosso Deus, é o único Senhor. Amarás o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, de toda a tua alma e de todas as tuas forças” (Dt 6,4-5). 

É interessante notar que o primeiro mandamento, inicia-se com esta ordem: “Ouve ó Israel’: E o profeta Isaías insiste: “Prestaime atenção e vinde a mim, escutai e vossa alma viverá” (cf. Is 55,3)

A verdadeira oração é muito mais ouvir a Deus do que falar. É o que o Senhor tem a nos dizer que transforma nossa vida. Então, nossa oração deve ser uma resposta sincera, concreta à Sua verdade revelada na Palavra, que certamente nos levará à frutuosa conversão. Deus sempre toma a iniciativa e nós precisamos responder como Samuel: “Fala, Senhor, que teu servo escuta” (cf. lSm 3,10)

É imprescindível exercitarmos a escuta, o silêncio, pois é dessa maneira que o Senhor se revela (lRs 19,12b). 

A oração nos prepara para o serviço eficaz. Nós temos necessidade de orar. O tempo investido na oração é fundamental. 

Quanto tempo você tem dado para seu Senhor? Ou melhor, qual a qualidade desse tempo? É a sobra? E quando não sobra? “O tempo é um bem precioso e quem o perde, ou não se esforça para usá-Io bem, não pode ser um bom operário do EvanBelho” (Dom Bosco). 

São Paulo, ensinando aos cristãos de Éfeso, disse: “Vigiai, pois, com cuidado sobre a vossa conduta: que ela não seja conduta de insensatos, mas de sábios que aproveitam ciosamente o tempo, pois os dias são maus” (Ef 5,15-16). 

Tempo é uma questão de prioridade, e, se Jesus é o Senhor, Ele deve ter prioridade. 

É sábio o homem que busca consultar a Deus, saber Sua vontade, dando o melhor do seu tempo. 

Não ter tempo para Deus é viver perdendo tempo. 

Muitos músicos até têm tempo para as coisas do Senhor, mas não têm tempo para o Senhor das coisas. Isso não é falta de tempo, é falta de amor, é insensatez. 

A oração, o fato de estar com o Senhor, não pode ser uma obrigação, muito menos um dever. 

Porque tudo que é obrigação pesa, torna-se fardo, não se faz bem feito.

A oração é acima de tudo um direito de fIlho. Ela é um convite para descansarmos nos braços do Pai. Chamá-Io de “Abbá’: Pai, Paizinho, deixar que Ele nos ame, console, restaure nossas forças, nos encoraje, nos dê direção, sabedoria. 

É o momento de colocarmos tudo para fora, contar os problemas, desabafar e, principalmente, escutar a voz dAquele que cuida de cada um de nós, de uma maneira toda particular. 

Músico tenha respeito, amor e zelo pelo que é de Deus.

[[ Fonte: Texte extraído do Livro “O Músico e Arte de Servir a Deus” ]]



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para o

Apostolado das Artes  


⚠️ Los embrete importante!


📝   Passando aqui para lembrar a todos os Discípulos Estagiários, Missionários, Nazireus e DCAs, do Retiro do Apostolado Geral das Artes em Agosto/23:

1) que Já faz parte da Disciplina Comum do DJC,

2) e que é  PRIORIDADE, das prioridades.


📝  O Retiro das Artes, conforme assim rege a Disciplina anual, continua sendo no mês de AGOSTO!


📝  E sempre na 3ª SEMANA!


📝  Esse ano será nos DIAS ( 18/Sexta, 19/Sábado e 20/Domingo )


📝  Com o Tema:
“Abram-se aos dons do Espírito Santo" (1Cor.12,1.11)


📝 Dias exclusivos para:

1)  ORAÇÃO ...,

2)  FORMAÇÃO ESPIRITUAL ... ,

3)  CAPACITAÇÃO ...,

4)  CRESCIMENTO ESPIRITUAL e FRATERNO ...,

5)  APERFEIÇOAMENTO E APRIMORAMEMTO TÉCNICO ...,

6)  Para o BEM SERVIR A JESUS ATRAVÉS DE CADA MINISTÉRIO ....


📝  Já podem se organizar internamente em suas Extensões e Missões para estarem presentes.


📝  Em relação a TAXA DO RETIRO, será 

R$ 140,00 reais, 

uma vez que tudo triplicou o preço.


📝  Já podemos também: INTENSIFICAR AS ORAÇÕES DE INTERCESSÃO PELO RETIRO!

O DJC conta com a presença dos Discípulos do Apostolado das Artes! E sem Excessão!


Observação: Quanto a programação do Retiro,  etc, tudo está sendo meditado com as partes responsáveis, ao que for sendo confirmado, será colocado o mais rápido possível aqui. 

Que possam incentivar e ajudar uns aos outros para estar presente! 


Agradecida pela compreensão,

Sheila Sales
Conselheira Geral das Artes!